Em um bate papo descontraído, a jornalista Poliana Costa, e a parceira do Jornal Daqui DF, a coach Elite Lima, conversaram com o ex-deputado Rogério Ulysses, e revela como conviveu 12 anos sem poder participar da política, ficando inelegível e sem exercer cargo no governo. Fala também da relação com o ex-administrador da cidade de Sebastião e seus projetos políticos.
por Poliana Costa
Em um bate papo descontraído, a jornalista Poliana Costa e a parceira do Jornal Daqui DF, a coach de carreira e empreendedorismo Elite Lima, conversaram com o ex-deputado Rogério Ulysses, que conta como conviveu 12 anos sem poder participar da política. Ficando inelegível e sem exercer cargo no governo, revelou sua relação com o ex-administrador da cidade de São Sebastião e seus projetos políticos.
A entrevista com o ex-deputado Rogério Ulysses, foi transmitida ao vivo pela rede social e está salva no instagram e no YouTube do Jornal Daqui DF. Além dessas perguntas escritas no impresso, outras estão disponíveis no vídeo. Confira e deixem seu comentário. @jornaldaquidf
Quem é Rogério Ulysses?
Pai de 04 crianças lindas, filho da D. Antônia e com uma história de vida voltada para a cidade de São Sebastião. Aqui comecei a minha atividade como professor, montei a Academia Golfinho, por onde passou uma geração de jovens. Comecei a minha atividade política como deputado distrital, obtivemos quase 15 mil votos, foi a maior votação proporcional do DF até os dias atuais da região administrativa.
Em 2009, seu nome foi vinculado à operação Caixa de Pandora. Desde então, ocorreram vários acontecimentos negativos em sua vida, como: afastamento do partido, pichações no muro da sua residência e até no governo atual, perdendo cargo de relevância que contribuiria para o desenvolvimento da cidade. Como você conseguiu conviver com toda essa situação durante 12 anos?
Foi muito difícil, uma perseguição enorme, mas eu penso no seguinte: primeiro, temos que ter fé em Deus, acho que a questão aí não é ser piegas e usar religião para sanar as dificuldades que a gente cria, mas Deus, Ele de fato nos dá um conforto e a minha mãe, D. Antônia é muito religiosa, então na nossa casa sempre houve um ambiente de oração e a confiança de que a superação iria acontecer. Segundo, a consciência limpa e tranquila, poderia se passar 10 ou 20 anos, mas em algum momento a verdade iria prevalecer. Infelizmente, a justiça e o processo judicial são lentos no Brasil. Esses 12/13 anos que nós enfrentamos com as dificuldades da justiça enfrentei com muita resiliência e humildade. Do mesmo jeito que houve pessoas que utilizaram desse momento para fazer algum ataque, teve muita gente que prestou solidariedade e o seu carinho e amizade verdadeira. Aprendi com isso, que tudo passa. Sabe que todos nós vamos ter problemas na vida, alguns mais relevantes e outros menores, acho que a gente tem que estar preparado para enfrentar com resiliência e buscar dentro de si condições de readaptar e eu fui me readaptando. Voltei para sala de aula, me tornei um paizão, tive a oportunidade de cuidar do meu pai e da minha mãe, dos amigos verdadeiros. Hoje o problema já está praticamente sanado, fica o aprendizado. Estou fechando um ciclo, virando uma página.
Grande parte da população de São Sebastião e do DF, acompanhou sua jornada e suas vivências com o ex-administrador Alan Valim. Você poderia falar um pouco sobre o que aconteceu entre vocês?
Na nossa vida existem livramentos, eu sempre peço a Deus que me mantenha perto das pessoas que me querem bem e que afaste de mim aquelas pessoas que, de alguma forma, me querem mal, e aí houve, de fato, uma opção pelo afastamento. Na eleição do Governador Ibaneis, fui convidado para assumir a Administração regional de São Sebastião e de forma injusta, agora tá comprovado, que injustamente, não me permitiram assumir o cargo que eu poderia ter assumido se a decisão que saiu essa semana tivesse ocorrido naquela época, então, por um atraso da justiça eu fui impedido mais uma vez de assumir um espaço e o governador na época me pediu que indicasse uma pessoa, como esse rapaz já havia trabalhado comigo no passado, enfim, acabou surgindo o nome dele para ficar interinamente, eu não sei por qual motivo eu comecei a perceber que a postura no exercício do mandato mudou, então eu optei por me afastar.
Jornal Daqui DF: Agora que você teve seus direitos políticos liberados pela justiça. Quais são seus projetos no meio político?
Primeiro, meu grande desejo é agradecer, eu pretendo, eu estou planejando como eu vou fazer isso, já vou começar por aqui que vocês estão me dando audiência. Eu quero agradecer muito às pessoas. Sabe, antes de qualquer coisa, nos momentos de dificuldade não me faltaram pessoas que me estenderam a mão. Segundo passo, eu quero dialogar na comunidade, porque eu acredito que ninguém pode ser candidato de si mesmo, não adianta falar, caso a cidade entenda que eu devo ser o protagonista do projeto, colocar o meu nome à disposição, o meu nome sempre vai estar à disposição da cidade, mas como está muito em cima do processo eleitoral, nós estamos aí há poucos dias das convenções, do início da campanha eleitoral, então acho que é hora de ter maturidade, serenidade e dar um passo de cada vez, ouvir as pessoas e dar e agradecer. Eu estou muito envolvido no projeto de eleição do pré-candidato a deputado distrital, Tadeu Filipelli, eu não tenho como recuar dele e estou muito envolvido e acredito nesse projeto. A única certeza, até o momento, é que eu não pretendo abandonar esse projeto. Agora, o jogador de futebol gosta de jogar bola, o músico gosta de tocar e o político gosta de participar da eleição e eu vou tentar me encaixar em algum outro cargo que não seja conflitante com que estou participando, mas me colocar à disposição. Tenho muito a colaborar e esse aprendizado dos últimos anos me ensinou muito, acho que nesse momento que a cidade precisa de alguém com experiência, arriscar em nomes com pouca experiência e pouca capacidade de execução é temerário. Se eu puder contribuir na perspectiva de trazer a minha experiência para retomar um projeto de desenvolvimento local.