Cecília Peixoto
Psicologa Clínica
CRP – 01-13435
A esclerose múltipla é uma doença que afeta diversas áreas do sistema nervoso central, sendo classificada como uma doença autoimune. Isso significa que o sistema imunológico da pessoa ataca e destrói tecidos saudáveis do corpo. Embora a ciência ainda não tenha identificado a causa exata, os sintomas da doença são bem característicos, permitindo que os neurologistas façam o diagnóstico clínico por meio da história do paciente e exames neurológicos, com o apoio de testes complementares.
Os sintomas mais comuns da esclerose múltipla incluem:
Fadiga mental e física
Espasmos musculares
Fraqueza
Coordenação reduzida para caminhar
Problemas de visão, com perda parcial ou total
Formigamento e sensações de dormência
Alterações no bem-estar emocional
É importante destacar que, após o diagnóstico, não se deve encarar a doença de forma negativa. Manter o corpo ativo através de exercícios administrados por especialistas, além de manter uma rotina saudável e bons hábitos diários e alimentares, pode ser benéfico.
Não existe cura para a esclerose múltipla, mas é possível controlar e retardar a progressão da doença. A Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM) realizou uma pesquisa sobre os aspectos psicológicos dos pacientes, focando em como a doença afeta sua saúde mental. A maioria dos entrevistados apresentou baixos níveis de saúde mental, com alta capacidade de reagir a estímulos externos, o que pode causar abalos emocionais se não for bem administrado.
Essas alterações psicológicas, caracterizadas por rigidez e perfeccionismo, podem levar à ansiedade, depressão, baixa autoestima e piora no estado emocional, refletindo diretamente na doença. Portanto, além do tratamento neurológico, é fundamental o acompanhamento psiquiátrico e psicológico para cuidar e monitorar melhor a saúde mental e física dos pacientes.
