Thiago Soares é faixa preta em Krav Maga

Instrutor Thiago Soares no podcast PodDaqui DF fala sobre superação, Krav-Maga e a conquista da Faixa Preta

Por Poliana Costa

No mais recente episódio do Pod Daqui DF, tive a honra de receber o Instrutor Thiago Soares, uma figura inspiradora em São Sebastião e no mundo das artes marciais.
Durante nossa conversa, Thiago compartilhou sua trajetória no Krav-Maga, uma arte marcial que, além de desenvolver habilidades de autodefesa, fortalece a mente e o espírito.
Thiago começou sua história no Krav-Maga em 2014, quando se juntou à primeira turma da Bukan em São Sebastião.
Sua dedicação foi imediata, e, mesmo enfrentando uma lesão no pulso logo antes de sua primeira graduação, ele não desistiu. “Estava no Giraffas quando vi uma placa na academia Marcos Rocha escrita ‘Krav Maga’. Fui lá, me inscrevi e comecei as aulas. Quando eu era faixa amarela, fiz uma tatuagem de Krav Maga em hebraico. Um faixa azul ironizou, dizendo que um faixa amarela já tinha uma tattoo de Krav Maga, e eu respondi que iria treinar para sempre.”, lembrou.
Thiago contou que um dos momentos mais difíceis foi quando ele descobriu que tinha esclerose múltipla. “Em 2022, comecei a ter dormências no corpo. Minha mão ficou dormente, e eu achava que fosse a coluna, porque no Krav Maga aprendemos a usar a técnica, e não a força. Eu derrubava pessoas de 120 quilos, mesmo pesando apenas 66 quilos, então achei que pudesse ter uma lesão na coluna, já que muita gente dizia isso. Eu estava com o braço todo dormente, os sintomas iam e voltavam, sem um padrão de tempo. Fiquei com dormências, um zumbido muito forte no ouvido, visão dupla, e bem nessa época eu tinha o curso da faixa preta, sem tempo para ir ao hospital. Fica até um alerta: quando o corpo fala, vá para o hospital, porque o meu corpo estava falando, e eu não escutei. No curso, na primeira parte da faixa preta, foi quando tive o maior surto. Eu não conseguia ficar em pé, meu lado esquerdo estava dormente, minha fala e visão prejudicadas. Foi aí que fui ao médico. O médico achou que eu estava bêbado, porque eu cheguei caindo e não conseguia falar. Quando expliquei toda a história, o médico deu o diagnóstico e disse que o tratamento só existe na rede pública.”Conta emocionado, com lágrimas nos olhos, ao falar sobre o sentimento.
Recentemente, Thiago foi ao Rio de Janeiro e conquistou a faixa preta. ‘Chorei no tatame quando recebi a faixa, foi um momento mágico e gratificante. Ao mesmo tempo, senti medo, mas superei todos eles. Sempre me seguro para não chorar com a emoção do momento. Explicar em palavras é muito difícil’, relata.
Hoje, ele é o fundador e instrutor-chefe do Dojô Bukan em São Sebastião, onde ensina Krav-Maga a dezenas de alunos.
Ao longo da conversa, Thiago destacou a importância da lealdade e do apoio que recebeu de amigos e alunos durante sua jornada.

 

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Poliana Costa
Author: Poliana Costa

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