Por que Israel foi atacado?

O ataque terrorista neste sábado foi motivado pelo conflito mais duradouro do planeta, entre Israel e Palestina. A região localizada no Oriente Médio é considerada sagrada para judeus, católicos e muçulmanos e pertencia, por volta do século XX, ao Império Otomano, com população majoritariamente muçulmana.
Após a Primeira Guerra Mundial (1914-18), com a desintegração do Império Otomano, a Inglaterra passou a administrar o território. O movimento sionista centralizou então o desejo da maior parte dos judeus de terem um Estado na região, historicamente berço de sua população, em que pudessem se estabelecer. Àquela altura, árabes e muçulmanos já estavam incomodados com a crescente migração de judeus — o que só piorou frente às promessas da Inglaterra, que se mostraram falaciosas, de acomodar na área tanto árabes quanto judeus.
O desastre do Nazismo e o Holocausto, durante a Segunda Guerra Mundial (1939-45), pressionaram ainda mais a comunidade internacional para a criação de um Estado judeu. A ideia original era a de que o território fosse repartido entre judeus e palestinos. Apenas uma das partes foi atendida: em 14 de maio de 1948 o Israel moderno foi fundado. A criação só acirrou ainda mais o conflito, culminando em uma invasão conjunta de Egito, Jordânia, Síria e Iraque no território recém-fundado, levando a Organização das Nações Unidas (ONU) a concordar com a redução pela metade do território que seria destinado aos países árabes.
Ali começava a Nakba para os palestinos, que significa “catástrofe” e marca a expulsão de árabes (levantinos) muçulmanos e cristãos da Palestina histórica, dando início à tragédia humanitária dos refugiados. Segundo a BBC, cerca de 750 mil palestinos fugiram para países vizinhos ou foram expulsos por tropas de Israel.
Em relatório da Assembleia Geral da ONU, de 1947, o Comitê Especial das Nações Unidas sobre a Palestina (UNSCOP) recomendou que no novo Estado Árabe estariam a “Galiléia Ocidental, a região montanhosa de Samaria e Judéia, com exclusão da cidade de Jerusalém, e a planície costeira de Ishdud até a fronteira egípcia”. Mas os territórios foram redefinidos no Armistício de 1949, mantendo com os árabes a Cisjordânia (que inclui Jerusalém Oriental) e a Faixa de Gaza.
Desde então, diversas guerras pelo controle da região se sucederam, como a Guerra dos Seis Dias, em 1967, na qual Israel anexou, do Egito, a Península do Sinai, e da Síria, as Colinas de Golã, além da Faixa de Gaza e a Cisjordânia (incluindo Jerusalém Oriental).
Uma coalizão de países árabes, liderados pelo Egito e pela Síria, buscou retomar os territórios perdidos seis anos mais tarde, em um dos conflitos mais avassaladores da história de Israel, a Guerra do Yom Kippur, iniciada no dia 6 de outubro de 1973, durante o feriado judaico do Dia do Perdão, o mais sagrado do calendário judeu.
As invasões deste sábado opõem o Hamas, um grupo extremista armado que controla a Faixa de Gaza, a Israel, hoje governado por uma coalizão de extrema-direita nacionalista liderada pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

 

VIDEOS DOS ATAQUES: https://www.instagram.com/_jornaldaquidf_/?hl=pt-br&img_index=1

Poliana Costa
Author: Poliana Costa

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