por Cecília Peixoto
Psicóloga Clínica/ CRP 0113435
É notória a quantidade de adolescentes e crianças que atualmente estão sofrendo com depressão/ansiedade. De acordo com pesquisas realizadas pela OMS, desde 2017 vem aumentando esse quadro, e o fator pandemia de 2020 aos dias atuais intensificou isso, devido a essa fase do desenvolvimento humano ser fase de convívio social, e isso foi tirado deles no momento crucial por meses, gerando medo, causando ansiedade e imensa tristeza por ficarem longe dos ambientes sociais.
Sabe-se que esses ambientes presenciais, de acordo com estudos da psicologia, são de suma importância, inclusive para a formação da personalidade. Hoje, tem-se notícias de mais de 30% de crianças e adolescentes se sentirem desconfortáveis nos ambientes escolares, principalmente pós-pandemia. Sintomas como medo, dores de cabeça, choro, ânsia de vômito, comportamentos disfuncionais, como agressividade consigo e com os outros, discussões, agitação, falta de proatividade e interesses, têm sido cada vez mais relatados por escolas e professores, que, infelizmente, não têm preparo para lidar com isso.
O que fazer?
Se faz necessário tanto os pais quanto professores ficarem atentos e promoverem eventos de socialização, passeios e convívio com pessoas diversas. Ficar menos tempo dentro de casa/escola de quatro paredes e mais tempo em ambientes ao ar livre, com pessoas diversas, ensinando-os a terem mais responsabilidade e convívio social, serão fatores extremamente importantes. E principalmente, não deixar de procurar ajuda profissional em casos de notarem algo errado. Lembre-se: “Não existe solução para quem não vê problemas”. Abram os olhos e fiquem mais atentos aos seres humanos mais importantes do planeta, nossas crianças e adolescentes. Se não procurarmos olhar para eles com mais atenção, dedicação e carinho, vamos ter um mundo ruim para todos nós. Façamos a nossa parte.”