O Orange Day

Em julho de 2012, Ban Ki-Moon, o então Secretário-Geral das Nações Unidas, em meio à campanha “UNA-se pelo fim da violência contra a mulher”, proclamou o dia 25 de cada mês como um Dia Laranja (Orange Day), um dia para discutir a eliminação da violência contra as mulheres e meninas .O dia 25 de Novembro foi instituído pela ONU Organização das Nações Unidas, como o Dia Internacional pela Eliminação da violência contra mulheres e meninas no mundo todo.

O chamado Orange Day traz a cor laranja como símbolo desse enfrentamento mundial, que é uma das formas mais cruéis de violação dos direitos humanos femininos, com impacto negativo em toda sociedade.

O Brasil é um dos países que lidera o ranking dessa violência, que vem atingido índices pandêmicos, onde as mulheres morrem muito mais pela violência do que por câncer ou acidente de veículos.

O custo global da violência contra as mulheres é estimado em aproximadamente 2% do produto interno bruto (PIB) global, ou US$ 1,5 trilhão.

Referida data inaugura o chamado 16 dias de ativismo pela eliminação da violência contra mulheres e meninas.

Segue no calendário o dia Primeiro de Dezembro como Dia Mundial de combate a AIDS, sendo as mulheres as mais atingidas pelo vírus, seja através de estupro, violência sexual ou transmissão pelos próprios parceiros que coíbem o uso do preservativo.

Essa data também serve para conscientizar sobre o vírus como um problema sanitário global bem como combater o preconceito e discriminação contra a doença e seus portadores.

Depois, vem o dia 6 de Dezembro que se traduz nessa campanha como o Dia do Laço Branco, que simboliza a ação dos Homens nesse enfrentamento da violência contra as mulheres e meninas. Essa data ficou marcada por uma tragédia ocorrida no Canadá, quando um atirador matou estudantes de engenharia porque não admitia que mulheres frequentassem essa faculdade.

No dia 6 de dezembro de 1989, um rapaz de 25 anos (Marc Lepine) invadiu uma sala de aula da Escola Politécnica, na cidade de Montreal, Canadá, ordenando que os homens se retirassem da sala e gritando para as estudantes que permaneceram: “vocês são todas feministas!”, começou a atirar, assassinando a queima roupa, 14 mulheres. Em seguida, Lepine suicidou-se. O rapaz deixou uma carta, na qual afirmava que havia feito aquilo, porque não suportava a ideia de ver mulheres estudando engenharia, um curso tradicionalmente dirigido ao público masculino.

O crime mobilizou a opinião pública de todo o país, surgindo assim a primeira campanha do Laço Branco, criada por homens, que elegeram como símbolo, o laço branco e adotaram como lema: “jamais cometer um ato violento contra as mulheres e não fechar os olhos frente a essa violência”.

Por fim, os 16 dias de ativismo terminam no Dia Dez de Dezembro, Dia mundial dos Direitos Humanos, onde a população feminina é mais atingida em violações, seja por violências diversas, guerras, trafico de pessoas, DSTS ou tradições culturais.

O Dia Mundial dos Direitos Humanos tem sido comemorado desde 1950, quando se celebra a Declaração Universal dos Direitos Humanos pela ONU – Organização das Nações Unidas.

Cabe a todos nós trabalharmos por essa eliminação, que não se justifica por qualquer ângulo que se analise. Os direitos das mulheres e meninas precisam ser respeitados e considerados em toda sua plenitude pois uma vida sem violência é direito de todas.

Homens e Mulheres devem se unir na mesma bandeira, para, juntos buscar soluções para que possamos viver num mundo mais igualitário e fraterno, em busca de uma Cultura de Paz.

Poliana Costa
Author: Poliana Costa

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