Oncologista do Hospital do Câncer Anchieta alerta sobre a prevenção do câncer de
próstata
A campanha mundial do Novembro Azul reforça ainda mais a importância da prevenção do câncer de próstata, segundo tipo de tumor mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Segundo levantamento do Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2018, estima-se cerca de 70 mil novos casos no País. Com o diagnóstico precoce, as chances
de cura podem ser de até 90%.
“Quanto antes for o diagnóstico, maior a chance de curabilidade. Pacientes com diagnóstico na fase inicial da doença necessitam de tratamentos mais simples, sem o risco de efeitos colaterais maiores”, ressalta o oncologista do Hospital do Câncer Anchieta, Marcos França.
De acordo com o especialista, homens acima dos 60 anos têm maior predisposição de desenvolver o câncer de próstata, já que a idade é o principal fator de risco. “Os homens devem iniciar a avaliação médica e o rastreamento entre 40/45 anos. É muito importante considerar também o histórico familiar, já que em casos de incidência do câncer em parentes de primeiro grau, as
chances de desenvolver a doença podem aumentar onsideravelmente,”, destaca o médico.
Além do processo natural de envelhecimento, o estilo de vida também pode contribuir para o desenvolvimento da doença. Por isso é essencial manter hábitos saudáveis. “Praticar atividade física regular, evitar o consumo de alimentos gordurosos e combater a obesidade, o alcoolismo e o tabagismo são
grandes aliados para a prevenção. É essencial realizar anualmente avaliação urológica com o PSA (exame de sangue) e exame de toque retal”, alerta.
Sintomas
Sangramento urinário, obstrução da passagem da urina, dor e irritação na micção são os sintomas mais comuns do câncer de próstata. “Na fase mais avançada, a doença pode provocar sangramento intestinal ou dificuldade para evacuar. Quando ocorre metástase, o paciente pode se queixar de dores
ósseas e sintomas neurológicos mais sérios, como dificuldades para caminhar e incontinências urinaria ou fecal”, conclui o médico.