Davi Lucca, de apenas 9 meses, precisa de corrigir o fechamento de uma sutura craniana para evitar a compressão do cérebro
Por Matheus Garzon
Com apenas 9 meses, o pequeno Davi Lucca já precisa enfrentar uma grande batalha na vida. Ele sofre de uma doença rara em que a sutura do crânio se fecha e impede o crescimento do cérebro, causando uma deformação na cabeça. Por isso, ele corre contra o tempo para conseguir dinheiro suficiente, por meio de uma vaquinha virtual, a fim de garantir uma cirurgia que possa corrigir o problema.
A mãe, Ana Luiza Veras, 22 anos, percebeu que havia algo estranho já aos 3 meses de vida do garoto. Preocupada, ela foi a diversos pediatras que recomendaram que ela aguardasse. “Todos disseram que era algo que poderia ocorrer até os seis meses e depois ficaria normal, mas não foi o que aconteceu”, comenta.
Passado esse período e com a forma da cabeça ainda achatada, ela foi a um neuropediatra que identificou a doença e indicou um cirurgião. “Ele foi diagnosticado com craniostenose, que é quando ocorre o fechamento de alguma sutura do crânio. No caso, o Davi teve a sutura sagital fechada, que é aquela bem em cima da cabeça, que junta o lado esquerdo e o direito”, explica.
Este problema só pode ser resolvido com cirurgia. A rede pública, no entanto, considera o procedimento eletivo – aquele que não tem caráter de emergência- e, devido à pandemia, desde o dia 28 de fevereiro tudo está suspenso. Na última semana até foi anunciado que as cirurgias eletivas que não precisam de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) seriam retomadas, mas não é o caso de Davi.
Vendo o filho sofrer todos os dias e com medo de que as sequelas sejam irreversíveis, Ana Luiza decidiu tentar buscar um hospital particular que realize a cirurgia. “A partir do momento que há essa demora existe o risco de o cérebro ser comprimido dentro do crânio, e isso pode prejudicar a visão dele ou até mesmo causar convulsões”, lamenta.
O preço do procedimento na rede privada ultrapassa os R$ 70 mil. “A gente não tem condições de pagar isso. Daí veio a ideia de fazermos uma vaquinha”, relata.
“Eu me sinto muito impotente de não poder fazer algo. Uma mãe se desespera com uma situação dessas. Quando soube que não daria para fazer a cirurgia passei uma semana chorando, tive várias crises de ansiedade”, lembra Ana.
Quem puder ajudar a família de Davi Lucca pode contribuir por meio da vaquinha virtual que foi criada clicando aqui.