Por Dra Cecilia Peixoto
Após estudos sobre assertividade e não – assertividade, pode- se comprovar através de pesquisas que tanto os aspectos cognitivos, fisiológicos e comportamentais nas pessoas não – assertivas são semelhantes as pessoas com um quadro de Fobia Social.
Mas o que vem a ser uma pessoa não- assertiva?
Do ponto de vista de Alberti & Emmons(1978) ‘A pessoa não-assertiva tende a pensar na resposta apropriada depois que a oportunidade passou, está claramente se negando e inibindo a expressão de seus sentimentos. Como consequência (resultado) de seu comportamento inadequado, ela se sente, frequentemente, ferida e ansiosa. Deixando que os outros escolha por elas, raramente ela atinge seus próprios objetivos desejados.
A não- assertividade pode ser situacional, ou seja, não ser assertivo em determinadas situações, mas conseguir uma forma espontânea no seu dia- a -dia de assertividade, sem ser especificamente instruído para isso. Dessa forma a falta da assertividade é vista como uma limitação comportamental relacionada mais a situações aprendidas do que a um traço geral
da personalidade.
Contudo as consequências no caso da não- assertividade generalizada é que o indivíduo se sente com uma autoestima muito baixa, inibição, falta de confiança, as situações sociais a ansiedade chega ao ponto do incômodo., apresenta grande dificuldade de dizer não aos outros, sente dificuldades de falar o que pensa por medo do que os outros irão falar, por desaprovação , avaliação ou mesmo por medo de falar tolices. Crenças irracionais saber tudo , fazer tudo correto, perfeito. Seus sentimentos de inadequação, inferioridade geram desconfortos físicos ( dor de cabeça, fadiga, distúrbios estomacais, erupções da pele e asma) advindos de tais comportamentos, dificultando portanto a aprendizagem espontânea a que referidos em relação a não- assertividade situacional. Tais características nos sugere a importância que a pessoa dá aos comentários feitos pelos outros, tais comentários servem tanto como reforçadores positivos quanto
negativos, mas o que não podemos esquecer é que ao sermos reforçados, seremos também reforçadores de nossos comportamentos.
A psicoterapia comportamental Cognitiva pode te ajudar a desenvolver um comportamento assertivo. As intervenções utilizadas objetiva treinar o desenvolvimento de sua assertividade possibilitando uma melhor forma de expressar sua fala e diminuir a timidez em seus relacionamentos interpessoais. Consegue aprender a detectar pensamentos automáticas relativos aos seus cursos, reuniões, através de registros e contra argumentações; pode -se diminuir a tensão, aprender a cobrar seus direitos, dizendo sim e não quando for adequado. E no decorrer do processo pode ser revista a análise funcional realizada no início após avaliações constantes, avaliando sempre o que a pessoa
traz para ir adquirindo aos poucos um comportamento mais assertivo.
Fonte: Monografia apresentada por Cecilia Peixoto, ao Departamento de psicologia da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, como requisito parcial à obtenção parcial do grau de Psicólogo, na unidade de atendimento Psicológico sob a supervisão da Professora Maria Aparecida Menezes, cujo tema: A Não-assertividade como variável comum nos casos clínicos atendidos em junho de 1998.