Brasília tem a 5ª menor proporção domicílios em aglomerados subnormais

Cerca de 6,65% dos domicílios da capital federal estão em aglomerados subnormais. Proporção é semelhante à do estado de São Paulo

O IBGE divulgou, nesta terça-feira (19/05), o mapeamento preliminar dos aglomerados subnormais, feito pelo instituto como preparação para a operação do Censo Demográfico 2020, adiado para 2021, em razão da pandemia de COVID-19. Trata-se, dessa forma, de uma antecipação de resultados, cujo objetivo é fornecer à sociedade informações para o enfrentamento da pandemia do Coronavírus (Sars-CoV-2), informações especialmente importantes para estas áreas vulneráveis das cidades brasileiras.

No Distrito Federal, estima-se que 6,65% dos domicílios ocupados estejam em aglomerados subnormais – formas de ocupação irregular de terrenos de propriedade alheia (públicos ou privados) para fins de habitação em áreas urbanas e, em geral, caracterizados por um padrão urbanístico irregular, carência de serviços públicos essenciais e localização em áreas que apresentam restrições à ocupação. O equivalente, em valores absolutos, a cerca de 62.179 dos 935.671 domicílios ocupados da região. No Distrito Federal, o aglomerado subnormal com mais domicílios é o Sol Nascente (25.441), seguido da Vila Estrutural (5.974).

Nos aglomerados subnormais, residem, em geral, populações com condições socioeconômicas, de saneamento e de moradia mais precárias. Como agravante, muitos aglomerados subnormais possuem uma densidade de edificações extremamente elevada, o que pode facilitar a disseminação do COVID-19. Os resultados definitivos dos aglomerados subnormais serão divulgados após a realização da operação censitária, podendo sofrer ajustes.

 

Proporcionalmente, em comparação com as unidades da Federação, o Distrito Federal fica na 14ª posição, com percentual ligeiramente inferior ao estado de São Paulo (7,09%). Amazonas (34,59%), Espírito Santo (26,10%) e Amapá (21,58%) possuem os maiores percentuais domicílios em aglomerados subnormais. Mato Grosso do Sul (0,74%), Santa Catarina (1,46%) e Goiás (1,55%) são os estados com menores proporções estimadas. Entre os municípios do país, há cidades em que estima-se que mais da metade dos domicílios pertençam a essa categoria: Viana (68,93%) e Cariacica (61,07%), no Espírito Santo; Marituba (61,21%), Belém (55,49%) e Ananindeua (53,51%), no Pará; e Manaus (53,38%), no Amazonas.

Além disso, considerando as capitais, Brasília possui a quinta menor proporção de domicílios ocupados em aglomerados subnormais, atrás de Campo Grande (1,45%), Goiânia (2,47%), Boa Vista (3,31%) e Curitiba (6,49%). Os maiores percentuais ficaram com Belém (55,49%), Manaus (53,38%) e Salvador (41,83%) – gráfico abaixo.

Distância para serviços de saúde

Entre os 62 aglomerados subnormais identificados no Distrito Federal, 25 estão a menos de 2 km de distância de algum estabelecimento de saúde com suporte de observação e internação, e 9 estão a mais de 5 km.

Fonte:

Aline Schons -Analista Censitária – Jornalismo

IBGE – Supervisão de Documentação e Disseminação de Informações/ DF

Poliana Costa
Author: Poliana Costa

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