O Supercine Feminista começa nesta quinta-feira (21), com o intuito de fortalecer presença feminina no audiovisual e ampliar acesso à cultura na região
Idealizado pelo Movimento Cultural Supernova, o projeto conta com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF) e apoio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF). A primeira atividade será a oficina Cartografia Poética do Cinema Brasiliense, conduzida pela pesquisadora Pamela Arteaga, que apresentará um mapeamento das produções rodadas em Brasília entre 1956 e 2005.
Segundo Pamela, o Distrito Federal é um ambiente rico em aprendizados e cultura. “Brasília não é apenas cenário, mas personagem de narrativas que vão da utopia modernista às críticas sociais. Esse mapeamento revela como o cinema interpretou e reinventou a capital”, destacou.
Conquistando espaço
Segundo estudo da Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres) em parceria com o Instituto +Mulheres, apresentado em Cannes (França) neste ano, a classe feminina ainda enfrenta obstáculos no setor audiovisual brasileiro. Embora representem 48% da força de trabalho técnico-criativa, as mulheres têm menos acesso a cargos de liderança, piores condições de trabalho e salários menores. Em média, recebem 76% do rendimento dos homens; e entre todos os grupos, as mulheres negras registram a menor média salarial, em torno de R$ 13.187,50.
Para a proponente do projeto, Roberta Santos, a iniciativa busca abrir caminhos para mudanças no setor. “Queremos criar espaços de diálogo onde as mulheres se sintam representadas e inspiradas a contar suas próprias histórias”, afirmou.





