Durante a pandemia, ouvimos o termo modismo quando se tratava de saúde mental, que era algo que estava sendo tratado e abordado pela experiência do momento.
Alguns chegaram até a dizer que já estava cansativo ouvir falar sobre, até por conta da comercialização que houve em cima disso.
No entanto, cada vez mais a temática “Saúde Mental” vem ocupando o seu devido lugar e vem mostrando que veio para ficar e não se trata de moda e muito menos de assunto do momento.
Saúde Mental é sobre ser humano em meio a um mundo em transformação, no qual a inteligência artificial vem ocupando seu espaço também.
E o Universo é muito sábio quando se trata de cada um ocupar o seu devido lugar para o movimento e evolução que se requer no tempo.
Então, surge, Simone Biles, ginasta quatro vezes medalhista de ouro nas Olímpiadas, e que depois de deixar a final da ginástica feminina por equipes, nas Olímpiadas de Tóquio, traz a temática Saúde Mental à tona e ainda deixa uma reflexão de presente para todos nós: “Temos que proteger nossas mentes e nossos corpos e não sair e fazer o que mundo quer que façamos.”
Com esta frase e atitude dela, representou uma enorme contribuição não somente para o mundo do esporte, que lida tanto com alta performance como também para todas as realidades humanas e esferas de atuação.
Ela se colocou no lugar de humana e não de máquina. E este olhar se tornará cada vez mais importante nestes novos cenários que estamos vivenciando.
Cada vez mais estamos dizendo um basta para a síndrome do super homem ou da mulher maravilha, que pode, inclusive, nos levar a transtornos como burnout.
Um transtorno que acomete a maioria das pessoas que tem um nível de exigência e perfeição acima da média.
Talvez em outros momentos da vida ou da história, este movimento da Simone Biles fosse visto como sinal de fraqueza ou imaturidade.
No entanto, cada vez mais temos visto que o desafio de dar voz a este ser humano que possui limites, que é gente, que possui fraquezas e que busca uma forma de vida mais leve e longe de modelos e padrões que levam a pilotos automáticos exaustivos e irreais, vem ganhando espaço nesta nova era que se abre.
Além disso, há um movimento de se criar um novo mindset de que está tudo bem não dar conta de tudo e não ser o melhor em tudo, revisitando as definições de sucesso que viemos construindo nos últimos anos.
Saúde Mental tem sido a temática, no entanto, poderíamos trazer outras aqui que fazem um chamado para: não esqueçam a humanidade!
Sobre Daniele Costa
A especialista em gestão de pessoas é mentora, palestrante e facilitadora em desenvolvimento integral humano. Também é idealizadora da Plataforma da Vida, um portal de conteúdo e serviços voltados para autoconhecimento e gestão emocional. Formada em letras, passou pelo serviço público de Brasília e atuou 13 anos como bancária, nove deles como gestora.
Durante os anos de banco, coordenou trabalhos que exigiam empatia e a presença do outro, o que a fez expandir características como a facilidade com a escrita e o interesse em relacionamento humano. Ainda em seus anos corporativos, se aprofundou na área de gestão de pessoas com cursos dentro e fora do país, conhecendo a ferramenta Access Consciousness, entre outras.
Além do portal, Daniele também criou o coletivo Brazilinas, que em um ano de existência desenvolveu, entre outras ações, a capacitação profissional de diversas mulheres em situação de vulnerabilidade social, trabalhando também a autoestima e incentivando a independência dessas mulheres.