Por Cecília Peixoto
Psicóloga
Começo esse texto com essa reflexão: “a tecnologia aproxima quem está longe e distancia quem esta perto”. Sim o que mais temos no nosso cotidiano são pessoas juntas, mas não unidas, já não temos mais momentos zelosos com as pessoas, digo zelosos, pois não nos preocupamos com a atenção aos nossos e sim com o uso constante aos clicks e curtidas. As conversas olho no olho estão sendo cada vez mais raras, abraços, carinhos, estão se ausentando de nosso meio; palavras são abreviações, pontuação quase não existe. Isso tudo porque as pessoas acreditam não terem tempo, e tudo tem de ser prático e rápido. As crianças estão crescendo num mundo acelerado, ansioso, e vivendo somente o agora e não aprendendo o que é respeito a elas e ao próximo. Com isso os impactos negativos têm sido pelos excessos do uso tecnológico que nos faz pensar em algumas indagações, tais como: o que nós pais temos oferecido para nossos filhos como modelo do que é ser humano? O que eles estão assimilando acerca de como é estar com o outro tendo como exemplos a visão de dispositivos digitais nos acompanhando a todos os lugares e em todos os momentos? Precisamos estar atentos. Muitos estudos e pesquisas têm sido realizados, inclusive já existe um termo chamado nomofobia que significa: “abuso do uso de celular”. O excesso não está relacionado ao tempo em que a pessoa fica no aparelho, mas aos prejuízos que o uso acarreta na sua vida. Portanto o que se deve fazer é estabelecer limites; determinar a correta utilização, observando o que a criança esta fazendo na internet; é dizer não; orientar; proibir e fazer com que elas compreendam que bons pais não são aqueles que permitem tudo.