Entidades convocam manifestação em defesa do Bolsa Família

Protesto que reúne gestores e trabalhadores da assistência social está marcado para 18 março no Ministério da Cidadania

Com mais de 3,5 milhões de pessoas na fila de espera para receber o Bolsa Família, mesmo estando aptas ao benefício, a crise do programa afeta gravemente o serviço público de assistência social em todo o País. Diante do quadro de calamidade do setor, entidades se unem para o Ato Público em Defesa do Bolsa Família, no dia 18 de março, às 9 horas, no Ministério da Cidadania (Esplanada dos Ministérios).

Participam da organização do ato entidades como o Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (Congemas) e o Sindicato dos Servidores da Assistência Social e Cultural do GDF (Sindsasc). O ato público reúne gestores, servidores e beneficiários da assistência social de vários estados.

Consenso entre as entidades do setor, a negligência do governo federal com as políticas públicas de assistência social têm liquidado o setor. Um dos principais problemas registrados é que o Bolsa Família, mesmo após concedido nos Centros de Referência em Assistência Social (CRAS), está atrasado em até 10 meses para parte dos usuários.

Representante dos municípios junto ao Ministério da Cidadania, o Congemas, alerta para os sucessivos cortes orçamentários para as políticas públicas da área. Os cortes de recursos chegam a 50%, de acordo com a entidade, o que afeta, inclusive o Bolsa Família. “O desfinanciamento da assistência social gera insegurança aos gestores das redes públicas de assistência social nos municípios. No ano passado, fomos atacados por um pacote de maldades do governo federal, que reduz a um terço o Sistema Único de Assistência Social (Suas) por meio da corte de orçamento.”, pontua o vice-presidente da entidade, José Ferreira da Crus.

Insegurança
Com a falta de pagamento do Bolsa Família, os trabalhadores da assistência social ficam expostos a beneficiários indignados,  o que gera casos de violência verbal e até física. Beneficiários do Bolsa Família também participam do ato no dia 18. “A crise do Bolsa Família é reflexo da emenda constitucional que reduz o teto de gastos e também da política do governo de Jair Bolsonaro que se mostra discriminatória à população mais pobre. O problema tem dimensão nacional e precisamos pressionar o governo federal”, afirma Clayton Avelar, presidente do Sindsasc.  Ato mantido A organização do ato público reitera que a manifestação não está vetada devido ao decreto do Governo do Distrito Federal que proíbe eventos públicos devido às precauções com o coronavírus. O decreto tem validade até segunda-feira (16), portanto não impede a realização do ato.

Assessoria de imprensa
Fred Leão – Lambada Comunicação

Poliana Costa
Author: Poliana Costa

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