E o pai??? A Psicologia, com seus diversos estudos, vem pesquisando o papel do pai, que apesar de todas as mudanças sociais, sua função estruturante no núcleo familiar tem se mantido

A Psicologia, com seus diversos estudos, vem pesquisando o papel do pai, que apesar de todas as mudanças sociais, sua função estruturante no núcleo familiar tem se mantido.

por Dr Cecília Peixoto:
E-mail: psicecilia2020@gmail.com

E o que vem mudando ao longo deste século? As formas de representar estes papéis: uma nova identidade masculina surgida, tem feito muitos pais assumirem um envolvimento paterno maior, e além de só por limites e regras eles vêm exercendo mais presença desde o nascimento. Mesmo que o bebê precise mais da mãe, ele vem cumprindo no dia a dia esta nova função, e mais envolvimento afetivo tem se destacado.

Percebemos pais cuidando dos seus bebês recém nascidos, acordando de madrugada pra ajudar a mãe, trocando fraldas, preparando mamadeiras, levando ao pediatra, à escola, dando mais colo, carinho e tantas outras funções que nos séculos anteriores eram papéis e funções exclusivas maternas.

E isso de uma forma ou de outra têm sido mudanças.

Ao mesmo tempo, sabe -se que os próprios pais sentem dificuldades de entender essas novas funções, pois somente aquela função de um pai provedor, limitador tem perdido espaço também para outras funções, principalmente pelas mudanças culturais na sociedade.

Outro fator fundamental a destacar é : como ficam as crianças e adolescentes, com o pai ausente?

Muitas vezes elas se culpam, acreditam que fizeram algo pra este pai estar tendo estas atitudes com elas, e quando digo ausência, pode ser até dentro de casa: aquele pai que não se interessa em perguntar para o filho sobre o seu dia, escola, sentimentos e mesmo como você está hoje, como dormiu, o que fez e está fazendo.

É muito importante pra criança ser ouvida por este pai, ouvir o que ele tem sentido, como medo, angústia, tudo isso não deve ser só função da mãe.

Precisamos entender que não é só a mãe que tem a função afetiva; aquela frase antiga, “isso é papo pra sua mãe,” já tem sido diferenciada em algumas famílias, eles já usam modelos de ambos exercerem a função afetiva e diretiva e falam a mesma língua, têm e devem ter as mesmas regras.

Portanto, vamos incentivar e apoiar os pais para que participem da prática, das atividades do dia a dia junto a seus filhos e filhas, o que seguramente será melhor para todos.

Acreditamos, e vemos todos os dias, que o que faz uma criança crescer, aprender e se desenvolver são os cuidados com sua saúde, o amor, a atenção, as brincadeiras e a participação nas atividades com sua família e meio social que vive, permitindo que a criança se relacione com as pessoas, enfrentando desafios e, assim, aprendendo a realizar suas conquistas.

E quando este pai não existe na vida desta criança?

Ela pode e deve ter uma figura que o represente, um avô, tio, padrinho, padrasto, professor.
Pois de acordo com estudos da psicologia e psicanálise, uma figura paterna presente e simbólica, é estruturante decisiva para o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social mais saudáveis, na construção da identidade de uma criança, e uma boa interação com essa figura masculina, transmitindo bons exemplos de um bom pai, homem, marido; enfim um bom cidadão, que demonstre mais com ações efetivas do que com palavras na educação desses filhos, gerando neles, uma estrutura psicológica mais forte para tomar decisões, sejam elas profissionais , sociais e afetivas.

Finalizo este texto com uma indicação do livro “ Pais responsáveis educam juntos”
da autora Cris Poli, que ressalta que assim como não existe uma mãe ideal, também não existe um pai modelo perfeito, porém algumas dicas podem ajudar os papais a desempenharem estes papéis:

1)seja um pai presente

Não só com quantidade de tempo, mas principalmente com qualidade, essa proximidade criará laços fortes de confiança na criança;

2) construa uma relação afetiva;

3) Não seja autoritário mas tenha autoridade;

4) cuidado com a permissividade;

5) atenção aos exemplos…

Filho não é o que você fala mas o que você faz , sua conduta/caráter que irá ensiná-lo;

6) nunca prometa o que não pode cumprir , se falou que irá fazer faça, não volte atrás em suas palavras;

7) aprenda a dialogar a educar com amor, é conversando com seus filhos desde crianças que eles irão aprender a se comunicar. Converse sobre tudo: sobre o dia, sobre a escola e a vida;

8)elogie mais e critique menos… excesso de críticas leva seus filhos a serem inseguros e cria barreiras;

9)quando errar aprenda a pedir desculpas, isso ensina a humildade em aceitar que somos falhos e humanos e devemos saber nos redimir;

10)seja verdadeiro sempre!

Isso o fará ser um pai respeitado e justo.

Texto revisado por: Thata Vilella Copywriter e Revisora Textual.
Instagram
@euthatavilella

Poliana Costa
Author: Poliana Costa

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