Atleta de Parabadminton e morador de São Sebastião da exemplo de superação

Por Elsânia Estácio

Natural de Iguatu-CE, o atleta Paraolímpico José Ambrósio Chaves Neto, 49 anos, procurou o Jornal Daqui DF para nos contar sua história de superação e luta. Chegou em Brasília em 1989, constituiu família e trabalhava como vendedor ambulante. Em Fevereiro de 2007 foi vítima de um assalto, tentou reagir e levou um tiro na cabeça, a bala desceu pelo corpo e se alojou na coluna resultando na paralisia das pernas. “Eu fiquei 48 dias internado, depois que recebi alta passei cinco anos deitado em uma cama sem me mover. Após esse período conseguir uma vaga na Rede Sarah para fazer a reabilitação, e foi onde eu aprendi o que é ser cadeirante”, conta.
Depois de passar por muitas provações ele se tornou um atleta da modalidade esportiva adaptada Parabadminton (Badminton Adaptado), que foi desenvolvido com o intuito de oportunizar as pessoas com deficiência a praticar o esporte com sucesso, devido as suas adaptações. As principais adaptações do Parabadminton estão relacionadas: às categorias, nivelando os atletas de acordo com sua deficiência; à quadra (diminuição da área de jogo quando necessário, ou seja, no caso dos atletas que utilizam cadeira de rodas e dos atletas com comprometimento dos membros inferiores); e equipamentos adicionais (cadeira de rodas específica para a modalidade, muletas e próteses).
O Parabadminton foi reconhecido em 1996 pela Associação Internacional de Badminton para deficientes. Atualmente existem 43 países filiados à referida associação, tendo como principais objetivos a difusão do esporte pelo mundo e a inclusão da modalidade nas Paraolimpíadas de 2020, os quais incluem em sua participação apenas pessoas com deficiência física. O Parabadminton é um esporte que vêm ganhando adeptos ao longo dos anos, mas ainda passa despercebido em nosso país, que conta apenas com a participação de 13 estados, dentre eles: Brasília, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Sergipe, Paraíba, Santa Catarina, Goiás, Piauí e Amapá.
A atividade que começou por lazer e para ocupar o tempo, abriu leques de oportunidades para participar de campeonatos. O atleta já conquistou 14 medalhas na modalidade de Parabadminton em vários locais dentro e fora do Brasil, como Pernambuco, Teresina, São Paulo e Limas no Peru, um dos torneio mais importantes de Parabadminton do mundo.
Em Dezembro o atleta vai participar do 3º Campeonato Brasileiro de Parabadminton em Fortaleza-CE, inclusive irá representar a cidade de São Sebastião e precisa de ajuda para arcar com as despesas com hospedagem e alimentação. Hoje em dia eu estou desempregado, e recebo uma pequena aposentaria do INSS por do tiro que eu levei na cabeça que resulto na perda do movimento das minhas pernas. Apesar de receber ajudar dos meus familiares,
no momento não tenho como pagar as despesas das minhas viagens”, conta o atleta José Ambrósio Chaves Neto.
Segundo o atleta paraolímpico, o projeto Compete Brasília, criado pela Secretaria de Esporte, Turismo e Lazer é quem patrocina as passagens áreas ou terrestres por meio de aval da Comissão Especial – responsável pela análise de pedido. Mas ele ainda tem gastos por fora, com despacho de bagagem que varia muito de preço, hospedagem e alimentação. “Eu estou com pouco dinheiro para viajar, então resolvi pedir ajudar ao Jornal Daqui DF para fazer um apelo à população de São Sebastião, empresários e comerciantes para me apoiar nessa jornada. Durante a minha busca por apoio eu já recebi muitos nãos de alguns comerciantes da cidade, pelo fato da pessoa não conhecer a modalidade que eu pratico. Eu peço apoio sabe por que? Por exercer com carinho e dedicação a modalidade de Parabadminton. Mas para eu continuar minha jornada eu preciso de todo ajuda possível da minha cidade”, afirma José Ambrósio Chaves Neto.
De acordo com José Ambrósio o esporte proporcionou mais esperança e segunda chance para viver de novo. “O Parabadminton me colocou para cima. Já pratico a modalidade há dois anos e eu sinto um prazer imenso em competir e tudo que você faz com prazer dá certo. Mesmo diante das dificuldades que eu enfrento, eu faço do esporte um meio de superação.”
Quem quiser ajudar o atleta, pode ligar no número 9.9623-6634 ou na redação do Jornal Daqui DF 9.8468-0126

Poliana Costa
Author: Poliana Costa

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